Neste sentido, uma das tentações que sempre se assoma é aquela da divisão. A tentação de constituir seu grupo de privilegiados. Quem nunca sonhou com uma Igreja “perfeita”, na qual todos pensam igual e estão sempre “do lado certo”.

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O Capítulo Geral de Cracóvia tratou desta questão, apresentando a unidade da Igreja como um dos temas fundamentais da pregação dominicana. E isso, não apenas quando as orientações do Magistério nos agradam. O Capítulo partiu da própria história de Domingos, que perante uma cristandade em crise, poderia ter caído na tentação de fazer uma “Igreja alternativa”.

 

“Vivemos em tempos de polarização tanto no mundo quanto na Igreja. Pregar para aqueles que estão marginalizados ou que estão se afastando da Igreja é um dos lugares onde as divisões dentro da Igreja e da sociedade se manifestam mais. Nossa Ordem, na qual as tensões entre nós nunca levaram a uma divisão, tem uma experiência importante para compartilhar. As tradições intelectuais e espirituais da Ordem devem servir à unidade da Igreja e devemos nos abster de contribuir para a polarização. Exortamos nossas comunidades a permanecerem um sinal de unidade in medio Ecclesiae. Não devemos nos apresentar como uma ‘Igreja alternativa’, concentrando-nos apenas em certos aspectos da vida eclesial em detrimento de outros” (ACG Cracóvia 2025, n. 152).

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É importante termos em mente esta saudável exortação, sobretudo neste mês de outubro, dedicado especialmente à missão. Numa Ordem apostólica, como a nossa, todo mês é missionário, logicamente. Mas, em outubro, sob a proteção de Maria, a Senhora do Rosário e Mãe da Igreja, permitamos que o Espírito nos assista de modo especial. E que ele nos faça pregadores desde a Igreja e preocupados com a unidade da mesma.