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Espiritualidade do Rosário

O Rosário e o carisma da Ordem Dominicana

 

Uma tradição que remonta às origens dominicanas assegura que a Mãe de Deus suscitou, difundiu e protegeu os frades, seguindo o desígnio da Divina Providência que a instituiu, tendo em conta o aspecto profético que Maria realiza na Família Dominicana, cooperando na regeneração dos homens (LG 65).

Por conseguinte, pensar na missão ativa e eminente que a Mãe de Deus e nossa Mãe desenvolve na Igreja; proclamar as maravilhas que o Senhor realizou e realiza por Seu intermédio; e cooperar no plano de Deus, mediante a nossa confiança em Maria, significa, para os Dominicanos, falar, ao mesmo tempo, da Virgem e do Rosário. Mas não como duas realidades distintas, tampouco como aspectos que estejam à margem da vida apostólica e, naturalmente, da vida espiritual, formativa e comunitária.

Trata-se, muito ao contrário, de enfrentar, com nova linguagem, a redescoberta do que é específico da pregação apostólica e da relação de oração e de vida com a Virgem de Nazaré. Mais ainda, trata-se de seguir a atividade pessoal que Ela, sob a ação do Espírito Santo, realiza na Ordem de S. Domingos e na Igreja, em razão da sua qualidade de Mãe.

Motiva a Família Dominicana situar-se na Igreja com profunda exigência de identidade da sua própria missão, precisamente no momento em que se mergulha no Concílio Vaticano II com nosso Papa Francisco, com uma Igreja Sinodal, para verificar o curso da evangelização no contexto das grandes mudanças da sociedade atual.

Urge-nos, portanto, a todos e a cada um de nós, a necessidade de renovar-nos progressivamente, segundo o carisma apostólico deixado por São Domingos, e renovar-nos através do “Resumo” ou “Compêndio de todo o Evangelho”, que é o Rosário.

A necessidade nasce de duas atitudes mentais, que também entre nós podem encontrar-se: por um lado, todos estamos sensibilizados para os graves problemas sociais do nosso tempo, e deixa-se para a vida privada a dimensão mariana; por outro lado, quer confiar-se cada vez mais à oração o compromisso para com a Mãe da Igreja, pondo toda estratégia sob a sua proteção.

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Figura 2: detalhe da tempera “O último julgamento”, 1425–1430, de Fra Angelico.

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