“A espiritualidade [dominicana] aconselha o pleno desenvolvimento da natureza sob a graça, mas sem qualquer naturalismo, pois considera esse desenvolvimento do ponto de vista da sabedoria, em sua causa primeira e fim último, e vê nele um fruto da graça.
[Além disso,] depois de ter mostrado o que a natureza mais dotada e genial pode fazer, acrescenta-se que tudo isso não é absolutamente nada em comparação com a vida sobrenatural, cuja elevação infinita é enfatizada muito mais.
Ao mesmo tempo, faz ver a sublime harmonia dessas duas ordens infinitamente distantes entre si.
[Por fim,] a partir desse ponto de vista superior, mais divino do que humano, insiste-se na eficácia da graça e na passividade da criatura; consequentemente, considera a vida mística como o coroamento normal da ascese e quer que a ação apostólica derive da plenitude da contemplação.”
Fonte: Fr. Réginald Garrigou-Lagrange, O.P., ‘Caractère et les principes de la spiritualité Domincaine’
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